O que motiva a diarreia, causas, sintomas e tratamento da diarreia, identificando formas de a diagnosticar e classificar.


Medicamentos em casos de diarreia

A indicação de antimicrobianos deve ocorrer só quando o benefício é inquestionável, pois a diarreia aguda, grande parte das vezes, tem curso autolimitado.
Bactérias – para as diarreias bacterianas podem ser utilizados alguns antimicrobianos, como eritromicina, azitromicina, sulfametazol+trimetopim, metronidazol.
Vírus – não há tratamento etiológico para doença diarreica causada por vírus, apenas tratamento de suporte, como correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico e tratamento de outros sintomas apresentados, como náuseas e vômitos.
Parasitos – quando há identificação de parasitos, utilizam-se medicamentos como mebendazol, albendazol e, no caso de protozoários de G. lamblia ou E. hystolitica, é recomendado metronidazol.

Definições de caso e surto de doença diarreica


Caso de doença diarreica aguda

Paciente com diminuição da consistência das fezes e/ou mais de 3 evacuações de fezes amolecidas ou aquosas/dia, acompanhada ou não de vômitos, febre e dor abdominal, presença de muco e/ou sangue nas fezes, com duração de até 14 dias, com ou sem desidratação.

Caso novo de doença diarreica aguda

É considerado caso novo quando, após a normalização da função intestinal por um período de 48 horas, o paciente apresentar diarreia novamente.

Caso suspeito de Rotavírus

Criança menor de cinco anos, com diagnóstico de doença diarreica aguda, que tenha recebido soro de reidratação por meio endovenoso (Plano C de tratamento), que resida no estado de atendimento, independente do estado vacinal contra o rotavírus.

Caso suspeito de Rotavírus em situação de surto

Criança menor de cinco anos, com suspeita diagnóstica de doença diarreica aguda, que resida no estado de atendimento, independente do plano de tratamento utilizado e do estado vacinal contra o rotavírus.

Surto de Doença Diarreica Aguda

Aumento do número de casos de DDA acima do limite esperado para a população envolvida, naquele período específico.
A ocorrência de, no mínimo, dois casos com o mesmo quadro clínico após ingestão do mesmo alimento ou água da mesma origem caracteriza-se como surto de doença transmitida por alimento.

Para doenças de transmissão hídrica e alimentar consideradas raras para a população envolvida, a ocorrência de apenas um caso já é considerado como surto.

Tratamento em pacientes com diarreia e desidratação grave

O uso de sonda nasogástrica (SNG) é indicado apenas em casos de perda de peso após as 2 primeiras horas de tratamento oral, de vômitos persistentes, de distensão abdominal com ruídos hidroaéreos presentes ou de dificuldade de ingestão. Nesses casos, administrar 20 a 30ml/kg/hora de Solução de Reidratação Oral.
Só se indica hidratação parenteral (venosa) quando houver alteração da consciência, vômitos persistentes, mesmo com uso de sonda nasogástrica. A criança não ganha ou perde peso com a hidratação por SNG e na presença de íleo paralitico.
Se o paciente apresentar sinais e sintomas de desidratação grave, com ou sem choque (palidez acentuada, pulso radial filiforme ou ausente, hipotensão arterial, depressão do sensório), a sua reidratação deve ser iniciada imediatamente por via endovenosa, conforme o esquema a seguir.
  1. Adultos
    › Via venosa periférica – 2 veias de bom calibre (scalp 19): administrar volumes iguais de NaCl a 0,9% e Ringer Lactato de, aproximadamente, 10% do peso do paciente, em cerca de 2 horas. Se estiver faltando uma das soluções, usar apenas uma ou a solução polieletrolítica.
    › Reavaliar o paciente; se persistirem os sinais de choque, repetir a prescrição; caso contrário, iniciar balanço hídrico com as mesmas soluções.
    › Administrar concomitantemente a solução de SRO, em doses pequenas e frequentes, tão logo o paciente a aceite. Isso acelera a recuperação do paciente e reduz drasticamente o risco de complicações pelo manejo inadequado.
    › Suspender a hidratação endovenosa quando o paciente estiver hidratado, com boa tolerância ao SRO e sem vômitos.
  2. Crianças
    › Até que se instale a reidratação endovenosa, deve-se administrar a solução de SRO por meio de sonda nasogástrica ou conta-gotas.

Tratamento em pacientes com diarreia e com sinais de desidratação

Todos os pacientes desidratados, mas com capacidade de ingerir líquido, devem ser tratados com solução de de Reidratação Oral. Não é necessário determinar o volume exato a ser administrado, mas recomenda-se que seja contínuo, conforme a sede do paciente, até a completa recuperação do estado de hidratação. Para crianças, a orientação é de 100ml/kg, administrados em um período não superior a 4 horas. Os lactentes amamentados devem continuar recebendo o leite materno. Para os demais pacientes, administrar apenas Soluções de Reidratação Oral até se completar a reidratação.
Se o paciente vomitar, pode-se reduzir o volume e aumentar a frequência das tomadas. Os vômitos geralmente cessam após 2 a 3 horas do início da reidratação.
A febre causada pela desidratação geralmente cede na medida em que o paciente se reidrata.
O paciente com desidratação deverá permanecer na unidade de saúde até a reidratação completa e retornar ao serviço para reavaliação, após 24 a 48 horas ou imediatamente, em caso de piora. Deve-se observar se a ingestão é superior às perdas.
Os sinais clínicos de desidratação vão desaparecendo paulatinamente, durante o período de reidratação. Todavia, devido à possibilidade de ocorrer rapidamente maior perda de volume, os pacientes devem ser avaliados com frequência, para se identificar, oportunamente, necessidades eventuais de volumes adicionais de solução de Reidratação Oral.

Tratamento em pacientes com diarreia e sem sinais de desidratação

O tratamento é domiciliar, com a utilização de: solução de sais de reidratação oral (Soluções de Reidratação Oral); líquidos disponíveis no domicílio (chás, cozimento de farinha de arroz, água de coco, soro caseiro, etc.).
Tais líquidos devem ser usados após cada episódio de evacuação ou vômito, de acordo com as indicações a seguir:
  • menores de 2 anos: 50ml;
  • maiores de 2 anos: 100 a 200ml;
  • adultos: a quantidade que aceitarem.
A alimentação habitual deve ser mantida e estimulada. Os pacientes ou seus responsáveis deverão ser orientados para o reconhecimento dos sinais de desidratação e no sentido de procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo, na eventual ocorrência dos sinais ou se a diarreia agravar, apresentar sangue nas fezes (disenteria) ou febre alta.
É importante ressaltar que os refrigerantes não devem ser utilizados, pois além de ineficazes como hidratantes, podem agravar a diarreia.

Avaliação da diarreia Aguda nas crianças

Existem questões e observaçóes importantes para Avaliação da diarreia Aguda nas crianças, nomeadamente:

Pergunte:
  • Há quanto tempo a criança está com diarreia?
  • Quantas dejeções líquidas apresenta por dia?
  • A criança apresenta vômitos? Com que freqüência?
  • Bebe líquidos? Demonstra estar sedenta?
  • Tem sangue nas fezes?
  • Em uso de medicamentos?
  • Episódios anteriores? Quando?
  • Qual o histórico alimentar?
Observe:
  • Qual a condição geral da criança? Está bem e alerta?
  • Inquieta? Irritada?
  • Letárgica? Inconsciente?
  • Existe desnutrição grave?
  • Olhos deprimidos?
  • Sinal da prega cutânea lento?
  • Tem febre? perdeu peso?
  • Doença associada?

Diarreia em crianças e bebés

A diarreia é um desarranjo dos intestinos.
A criança com diarreia, faz cocô mais vezes do que costuma e as fezes são moles e com mau cheiro .
A diarreia faz o corpo perder água e a criança fica desidratada.


PORQUE OCORRE A DIARRÉIA ?

1 - Erro alimentar :
  • falta de cuidados de higiene na limpeza da mamadeira, na lavagem das mãos , etc.
  • preparo errado da mamadeira
  • leite inadequado para a idade do bebê
2- infecção por bactérias; vírus; verminose
3- alergia a leite natural de vaca ou em pó.

O QUE É UMA CRIANÇA DESIDRATADA?

É uma criança que perdeu grande quantidade de água pelas fezes e pelos vômitos . Por isso pode DESIDRATAR.
Então é preciso evitar a DESIDRATAÇÃO logo que começar a diarréia .
Encontrará um bom tutorial acerca do modo de tratar a diarréia em crianças aqui.

Tratamento da diarreia aguda

Com a Solução de Reidratação Oral é possível tratar os casos não complicados de diarreia em crianças no domicílio, independentemente do agente etiológico. Os cuidadores devem ser orientados para detectar sinais de desidratação, quando a criança parece estar doente ou não está respondendo ao tratamento. A intervenção precoce e administração de Soluções de Reidratação Oral reduzem a desidratação, a desnutrição e outras complicações e contribuem para diminuir o número de consultas clínicas e potencialmente o número de hospitalizações e mortes.
A automedicação em adultos saudáveis é segura. Alivia incômodos e disfunção social. Não há nenhuma evidência de que prolongue a doença.
Em adultos que podem manter a ingestão de líquidos, a Solução de Reidratação Oral não proporciona nenhum benefício. Não reduz a duração da diarreia nem o número de evacuações. Nos países desenvolvidos, os adultos com diarreia aguda aquosa devem ser encorajados a ingerir líquidos e sal em forma de sopas e bolachinhas salgadas. Nos pacientes pediátricos, o suporte nutricional com alimentação contínua melhora os resultados.
Entre as centenas de produtos de venda livre promovidos como agentes antidiarreicos, unicamente a loperamida e o subsalicilato de bismuto têm suficiente evidência de eficácia e segurança.
Princípios da automedicação:
  • Manter uma ingestão adequada de líquidos.
  • O consumo de alimentos sólidos deve ser guiado pelo apetite em adultos — refeições pequenas e leves.
  • A medicação antidiarreica com loperamida (dose flexível de acordo com as evacuações) pode diminuir a diarreia e encurtar a duração.
  • A prescrição de tratamento antimicrobiano é reservado somente para diarreia dos residentes ou para ser incluído em kits de viagens (adicionar loperamida).
O conhecimento das famílias sobre a diarreia deve ser reforçado em áreas tal como prevenção, nutrição, uso da terapia de reidratação oral/Solução de Reidratação Oral, suplemento de zinco, e quando e onde consultar. Quando possível, as famílias devem ser encorajadas a ter pacotes de Solução de Reidratação Oral pronto para misturar e zinco (xarope ou comprimido) disponível para uso imediato, caso haja necessidade.

Tratamento da diarreia em crianças

Em 2004, a OMS e a UNICEF revisaram suas recomendações para o manejo da diarreia, incluindo o suplemento de zinco como terapia adjunta à reidratação oral. Desde então, essas recomendações foram adotadas por mais de 40 países a nível mundial. Em países onde foram introduzidas as novas Soluções de Reidratação Oral e o zinco, a taxa de uso de Soluções de Reidratação Oral aumentou drasticamente.
Princípios do tratamento apropriado para crianças com diarréia e desidratação:
Utilizar Solução de Reidratação Oral para reidratação
  • Fazer terapia de reidratação oral rapidamente – em 3-4 horas
Quando a desidratação estiver corrigida – realimentação rápida
  • Dieta apropriada para a idade, sem restrições
  • Continuar latência
  • Fórmula alimentar habitual
O Tratamento pediátrico será baseado no grau de desidratação.

Diarreia e Antimicrobianos (Opções terapêuticas e prevenção)

A terapia antimicrobiana não é geralmente indicada em crianças. Os antimicrobianos são confiáveis só na diarreia infantil sanguinolenta (quando o agente mais provável for a shigella), suspeita de cólera com desidratação severa, e infecções não-intestinais graves (exemplo, pneumonia). Os antiprotozoários podem ser muito eficazes para diarreia em crianças, especialmente para Giardia, Entamoeba histolytica, e agora Cryptosporidium, com nitazoxanida.
Em adultos, o beneficio clínico deve ser contrabalançado com vários fatores: custo, risco de reações adversas, erradicação nociva da flora intestinal normal, indução de produção de toxina Shiga e aumento da resistência antimicrobiana.
Os antimicrobianos são considerados os medicamentos de escolha para tratamento empírico da diarreia do viajante e da diarréia secretora adquirida na comunidade quando o patógeno é conhecido.

Diarreia e alimentação (Opções terapêuticas e prevenção)

Não convém interromper a alimentação durante mais de 4 horas.
Recomenda-se oferecer alimentos 4 horas após o início da terapia de reidratação oral ou dos líquidos intravenosos. Se a idade não for especificada, as notas abaixo se aplicam tanto para os adultos como para as crianças.
Deve Administrar:
  • Uma dieta apropriada para a idade —independentemente do líquido utilizado para terapia de reidratação oral/manutenção.
  • Nos lactentes aumentar a freqüência do aleitamento materno ou mamadeira — fórmulas ou diluições especiais não são necessárias.
  • As crianças mais velhas deveriam receber mais líquidos de maneira apropriada.
  • Refeições freqüentes e leves distribuídas ao longo do dia (seis refeições/dia).
  • Alimentos ricos em energia e micronutrientes (grãos, carnes, frutas e verduras).
  • Depois do episódio diarreico, e dependendo da tolerância, ir aumentando a ingestão energética
Deve Evitar:
  • Sucos de fruta enlatados — são hiperosmolares e podem agravar a diarréia.

Diarreia e Reidratação (Opções terapêuticas e prevenção)

A terapia de reidratação oral é a administração de líquidos por boca para evitar ou corrigir a desidratação produzida pela diarreia. A terapia de reidratação oral é o método padrão para o manejo eficaz e rentável da gastroenterite aguda, também nos países desenvolvidos.
A solução de reidratação oral é o líquido desenvolvido especificamente para a terapia de reidratação oral.

Uma Solução de Reidratação Oral mais eficaz e com menor osmolaridade (menores concentrações de sódio e glicose, provocando menos vômitos, menos fezes, e diminuindo a necessidade de infusões intravenosas, comparado com a Solução de Reidratação Oral padrão) foi desenvolvida para uso mundial. A Solução de Reidratação Oral hipotônica da OMS também é recomendada para o tratamento de adultos e crianças com cólera. A terapia de reidratação oral consiste em:
  • Reidratação — administram-se água e eletrólitos para repor as perdas.
  • Terapia líquida de manutenção (acompanhada por uma nutrição apropriada).
O uso da terapia de reidratação oral pode estar contra-indicado em crianças em choque hemodinâmico ou com íleo abdominal. Quando a criança não tolera a Solução de Reidratação Oral por via oral (vômitos pertinazes), pode usar-se a via nasogástrica para administrar a Solução de Reidratação Oral.
A nível mundial, as taxas de cobertura com Solução de Reidratação Oral  ainda não chegam a 50%, portanto, é preciso fazer esforços para melhorar essa percentagem.
A Solução de Reidratação Oral  à base de arroz é superior à Solução de Reidratação Oral padrão para adultos e crianças com cólera e pode ser utilizada para tratar os pacientes onde sua preparação for conveniente. A Solução de Reidratação Oral de arroz não é superior à Solução de Reidratação Oral padrão no tratamento de crianças com diarreia aguda não-colérica, especialmente quando são administrados alimentos pouco depois da reidratação, tal como é recomendado para evitar a desnutrição.

Medidas de prevenção e controle da diarreia

As medidas de controle consistem em: melhoria da qualidade da água, destino adequado de lixo e dejetos, controle de vetores, higiene pessoal e alimentar.
A educação em saúde, particularmente em áreas de elevada incidência de diarreia, é fundamental, orientando as medidas de higiene e de manipulação de água e alimentos.
Locais de uso coletivo, tais como escolas, creches, hospitais, penitenciárias, que podem apresentar riscos maximizados quando as condições sanitárias não são adequadas, devem ser alvo de orientações e campanhas específicas.
Considerando a importância das causas alimentares nas diarreias das crianças pequenas, é fundamental o incentivo a prorrogação do tempo de aleitamento materno, comprovadamente uma prática que confere elevada proteção a esse grupo populacional.

Tratamento da diarreia

Se tiver diarreia, beba muitos fluidos para evitar ficar desidratado. São preferidas a água, o sumo de frutas e as bebidas isotónicas, que substituem os minerais e os sais perdidos. As crianças com diarreia e vómitos devem continuar a beber pequenas e frequentes quantidades de água ou fluidos especiais de hidratação, disponíveis nas farmácias. O seu farmacêutico poderá aconselhar. Também é bom comer alimentos ricos em hidratos de carbono, como batatas, arroz e pão.. Se o seu filho tiver vontade de comer, dê-lhe sopa e alimentos ricos em hidratos de carbono. Os medicamentos anti-diarreicos normalmente não são necessários, mas podem ser tomados, se desejar. Contudo, não devem ser dados a crianças ou caso haja sangue nas fezes. Podem ser usados o paracetamol (na forma líquida para as crianças) e o ibuprofeno no caso de febre. Se um bebé tiver diarreia, pode ajudar dar-lhe temporariamente um leite de baixo teor de lactose ou sem lactose. Se estiver a amamentar, tente evitar consumir lacticínios, pois resíduos de lactose podem passar para o leite materno.

Diagnóstico da diarreia

Se a diarreia durar mais de três ou quatro dias, ou se tiver sangue ou muco nas fezes, deve consultar o seu médico de família. O médico poderá pedir uma amostra das fezes para ver se têm bactérias ou outros parasitas.
Podem ser feitos outros testes para a diarreia crónica, como a sigmoidoscopia, que envolve a passagem de um pequeno tubo de observação pelo recto. Este tubo está ligado a uma lente e permite que o médico observe os intestinos.

Sintomas da diarreia

Para além das fezes aguadas, outros sintomas comuns podem incluir dores e cãibras abdominais, sensação de náusea ou vómito, febres, dores de cabeça e perda de apetite. Se os sintomas durarem mais de três ou quatro dias, deve pedir aconselhamento junto do seu médico de família.

Causas da diarreia

Quando o revestimento do intestino grosso ou delgado fica irritado, leva a um aumento da evacuação de água pelas fezes. Essa irritação também leva o intestino a contrair de forma severa e irregular, o que causa dores de barriga. A irritação pode dever-se a certos alimentos ou bebidas contaminadas com infecção, contactos com outra pessoa ou efeitos secundários de alguns medicamentos. O stress e a ansiedade, a ingestão de demasiado álcool ou cafeína e a ingestão de demasiados doces ou alimentos muito condimentados também podem causar diarreia. Por vezes, os bebés ficam com diarreia porque não conseguem digerir devidamente determinados alimentos ou bebidas, sobretudo alimentos ou bebidas que contenham lactose (um tipo de açúcar que se encontra no leite de vaca). A diarreia crónica pode ser causada por problemas como a disenteria, a síndrome do cólon irritável e a pancreatite, devendo por isso ser analisada pelo seu médico de família.

Classificação da diarreia

Os episódios de diarreia podem ser classificado sem três categorias, nomeadamente:

Diarreia aguda
  • Presença de 3 ou mais fezes diminuídas de consistência, aquosas em um período de 24 horas
Disenteria
  • Diarreia sanguinolenta, presença de sangue visível e muco-gleras
Diarreia persistente
  • Episódios de diarreia durando mais de 14 dias

Doenças diarreicas e suas características epidemiológicas

Calcula-se que no ano 2000 as doenças diarreicas cobraram entre 1.4 e 2.5 milhões de vidas; elas estão entre as principais causas de mortalidade infantil nos países em desenvolvimento. Tanto a incidência como o risco de mortalidade por patologia diarréica são maiores entre as crianças menores de 1 ano, e depois disso os números vão diminuindo. Outras conseqüências diretas da diarreia infantil nos países com recursos limitados incluem desnutrição, retardo do crescimento e perturbação do desenvolvimento cognitivo.
Nos países industrializados os pacientes que morrem por diarreia são relativamente poucos, mas segue sendo uma causa importante de morbidade além de incorrer em custos substanciais para a saúde.
Durante as últimas três décadas houve uma redução consistente da taxa de mortalidade nos países em desenvolvimento, graças a fatores tais como a distribuição e uso generalizado de Soluções de Reidratação Oral (SRO), maior freqüência e/ou duração da alimentação no peito, melhor nutrição, melhor estado sanitário e higiene e um aumento da cobertura de vacinação contra o sarampo.
Durante as duas últimas décadas, a morbidade causada por diarreia permaneceu relativamente constante, com cada criança menor de 5 anos apresentando uma média de três episódios anuais.

Diarreia e constipação intestinal

Diarreia e constipação são sintomas que refletem alteração do hábito intestinal.
Para o diagnóstico da causa desses sintomas são fundamentais a anamnese detalhada e o exame físico completo. Informações quanto ao início do sintoma, duração, evolução, comprometimento do estado geral e a presença de outros sintomas, são indispensáveis. Exames complementares somente devem ser realizados após a completa observação clínica.

Causas de Diarreia Crônica

As causas que originam a diarreia crônica, são as seguintes:
  • Síndrome do Intestino Irritável
  • Doença Inflamatória, Intestinal
  • Isquemia do Intestino
  • Infecção Crônica
  • Parasitose
  • Infecção por Fungos
  • Enterite por Radiação
  • Síndrome de Má-absorção
  • Medicação
  • Álcool
  • Adenoma Viloso
  • Diverticulite
  • Operações Prévias, Gastrointestinais
  • Doenças Endócrinas
  • Impactação Fecal
  • Envenenamento por Metais Pesados
  • Abuso de Laxativos
  • Incontinência Anal
  • Colite Microscópica
  • Diarreia Crônica, Idiopática
  • Amiloidase
  • Alergia a Alimentos